19/06/2013

Pavilhão Nacional



A primeira vez que fui à Brasília, fui claro, até a Praça dos Três Poderes. Paramos o carro e olhei para cima e não consegui conter o choro. O Pavilhão Nacional maravilhosamente agitado pelo vento fez com que o orgulho de ser brasileira aflorasse e a emoção tomasse conta do meu coração. Foi uma coisa inexplicável. Hoje, com tudo o que está acontecendo, estou também com vontade de chorar, mas é diferente. Ao mesmo tempo em que sinto orgulho por meus conterrâneos que tomam suas bandeiras e cartazes e saem às ruas para protestar e reivindicar seus direitos me envergonho por aqueles que se deixam levar por vozes de bastidores que querem apenas ver o circo pegar fogo, para que possam ter seu “lucro ainda que tardio”. A massa sendo usada, manipulada por pseudo-manifestantes sem escrúpulos. Quem sabe ainda dê tempo de retomar o curso e brigar pelo que realmente queremos e não pelo que fará diferença a favor de alguns partidos nas próximas eleições. O povo tem direito de manifestar seu descontentamento seja lá pelo que for, mas tem que partir de fato do povo. Devemos ser muito cautelosos ao abraçar uma causa, empunhar uma bandeira. Verifique se a bandeira que carrega é a mesma pela qual você esteja disposto a morrer.